Arquivo para abril \17\-03:00 2007

Sim… é possível…

Ouvindo Pink – U + Ur hand

Estava eu lendo este post no blog das meninas… Se eu contasse quantas vezes isso já aconteceu comigo, você nem acreditaria… 😦

Não… não a parte de encontrar e ser feliz pra sempre… mas a parte de me apaixonar por alguém que nunca vi. Acho que eu e Murphy combinamos, antes de eu vir “arrasar” neste planeta (rsrs, perdoem a vilenagem!) que a lei dele que me acompanharia até a morte seria: “Pessoas legais moram longe!”. Todos dessa p%$# da net que eu resolvi encontrar na real se mostraram, no mínimo, indignos de um segundo encontro. Affe, sina do c$%#& (desculpa… hoje to com a boca suja mesmo… hehe)!

Daí você vai dizer: “NOSSSAAAA!!! Como assim você se apaixona por quem nunca nem olhou nos teus olhos???” e vai fazer cara de explosão de bomba atômica…

Mas eu tenho uma teoria…

Imagina só alguém perfeito: bonito, carinhoso, trabalhador, interessante, romântico e tudo mais que você quiser! (bonito eu tenho certeza que é… no mínimo “pegável”, porque antes do coração “Einstein” aqui se derreter todo pelo fulano, ele faz questão de ver o “Prince Charming” na webcam… pelo menos isso!).

Então… tendo o físico do jeito que você gosta, responda: não é possível inventar o resto? Hein? HEIN??? Pense: a gente interpreta as frases do jeito que quiser, imagina a entonação que precisar, só falamos com o fulano quando estamos afim de conversa, literalmente construímos, do nosso jeito, a personalidade do cara que está do outro lado… Enfim, o ser humano “virtual” fica EXATAMENTE do jeito que nos agrada. E aí, como não se apaixonar por um sujeito desses?

E digo mais: é MUITO mais fácil se apaixonar por alguém da internet do que por alguém na vida real. Porque na net, como eu já disse, fica tudo do jeito que nosso “coração esperto” quer. Já na real, tem coisas que não dá pra ignorar, né?

O “apaixonar” que eu digo neste post é estritamente relacionado ao sentimento de paixão, aquela coisa arrebatadora e superficial, começo de amor, que todo mundo sabe que é uma delícia sentir.

É incrível como o sentimento que surge é forte, independente do “objeto” da paixão estar perto ou longe! Dá saudade, dá tristeza de estar longe, mas o mundo também ganha aquelas cores novas que só uma paixão consegue nos mostrar. Eu acho que o sentimento é o mesmo porque a paixão não depende de um estímulo externo. Quer dizer, não importa por quem ou pelo quê se está apaixonado. Pode reparar! É VOCÊ quem se apaixona, independente mesmo do que outro pensa ou sente sobre você. A paixão nasce de dentro e se mantém por si mesma. Não precisa de carinho, ou de beijos, ou de contato pra ela existir. Essas coisas são importantes no desenvolvimento do AMOR, mas a paixão nasce independente disso. E morre independente disso também! (Como já dizia uma professora minha, é impossível viver apaixonado, porque não há coração que sobreviveria estando acelerado 24h por dia, né?!)

Por outro lado, acho que não tem nada demais em se envolver emocionalmente com algum desconhecido. Claro que causa sofrimento, mas também ajuda a crescer. Nada demais, pelo menos enquanto a vida não parar por causa do namorado virtual. No dia em que parar, daí já passou da conta… e é bom você rever seus conceitos, hehe.

Uma coisa que eu não acredito é em AMOR pela internet. Amor, sim, exige contato, paciência, convivência e tudo mais. Mas paixão virtual existe. E quer saber?

É bom, sim!  😉

Why don’t you see it?

 Ouvindo Snow Patrol – Open your eyes

Todos nós temos uma pequena área nos olhos chamada “ponto-cego”. Não sei exatamente o que é, mas sei que é um ponto em que o nervo óptico (o que liga os olhos ao cérebro) se encontra com as células do olho. E neste ponto, nós perdemos a visão (vocês podem saber mais aqui).

Não só nos olhos, também temos um ponto-cego na nossa vida. Sabe aqueles problemas que a gente julga muito grandes (ou muito insignificantes) e decidimos ignorar? Pois é: você acabou de colocar mais um ítem no seu ponto-cego! Ao contrário do que possa parecer, essa atitude é extremamente importante pra nós. Ignorar certas questões nos ajuda a priorizar os problemas mais urgentes, além de dar um descanso à mente que vive a mil. E como é comum nos seres humanos, a gente costuma “super-utilizar” esses acessórios do cérebro, simplesmente porque é muito cômodo!

Mas, como acontece com todos os problemas não resolvidos, eles crescem. E aí? Até onde permitir que eles se compliquem ainda mais?

Acho que o point disso tudo é saber o que ignorar, e por quanto tempo isso pode acontecer; é decidir se vale a pena deixar de lado um problema pequeno hoje, e enfrentar conseqüências não tão pequenas amanhã.  Todo mundo que já protelou a resolução de um problema sabe que, mais cedo ou mais tarde, é necessário enfrentá-lo.

E se a gente tentasse um approach diferente nesse ponto? E se tentássemos resolver tudo que for possível agora, pra evitar lidar com coisas impossíveis depois?

É uma simples questão lógica…

Será que o seu ponto-cego não está superlotado?

 

PS: Affe… finalmente achei um jeito de vocês também poderem ouvir as músicas! hehe.. Podem clicar nos links 😉