Arquivo para junho \22\-03:00 2007

Como é que é?

Listening to “Human Nature – Madonna

Engraçado… o meu pecado favorito sempre foi a luxúria. Ainda que não seja o pecado que eu mais cometa, a luxúria tem algo que me atrai.

Primeiramente: poucas pessoas realmente sabem o que é a luxúria. Muita gente tenta adivinhar “pseudo-etimologicamente” e acredita ser algo relacionado a luxo, ostentação, frivolidade. Rs, eu me divirto com esses enganos!

A luxúria é o pecado relacionado ao sexo. Simples assim!

De novo, não é o pecado que eu mais cometo (e nem sei qual deles eu mais cometo!). Mas sei lá.

Acho que o sexo está na base de tudo que o ser humano faz. Abstraindo-se, sexo é tudo aquilo que envolve criação, exteriorização de emoções, paixão. E vendo por esse ângulo, ele está mesmo na base de tudo que um indivíduo produz.

Afinal, é possível fazer algo que não nos desperta o mínimo tesão?

E criação está em tudo. Essa energia criativa que todo ser humano tem… isso é o sexo “latu senso”. É uma pena que a gente geralmente se esqueça desse “lado nobre” do sexo.

Vendo por outro lado… nesse mundo individualista que nós habitamos hoje em dia, o momento do sexo é uma hora de trocas e de compartilhamento. Você já pensou nisso? Hehe, o sexo é uma forma de rebelião contra o sistema que a gente vive. P-E-R-F-E-C-T!

E já que estamos ouvindo-a, permita-me plagiá-la:

Absolutely no regrets!

PS.: A música que está no link é um remix da música da Madonna, mas foi a que eu encontrei e ela cabe bem pra leitura do texto. E essa frase do final, ela só fala no clipe, mas tá valendo! 😉

Não é bem assim…

Vitrolinha: “How deep is your love – Take that

Já ouvi muita gente dizer que o ambiente gay é promíscuo, e vulgar, e várias outras coisas não muito legais. Tinha até um pouco de receio de freqüentar, devido a tantas referências “menos nobres”.

Eis minha surpresa quando fui numa boate gay pela primeira vez: lá parecia uma boate hétero! Com o único diferencial de que tinham homens beijando homens, mulheres beijando mulheres, e inclusive homens beijando mulheres!

E a história da promiscuidade não é bem assim.

Desde que comecei a frequentar o meio gay, deixei de ir em boates tradicionais. Tinha até me esquecido da forma como funciona por lá.

Quando voltei, fiquei chocado (me amarrota, que tô passado!) com a pose dos homens! Parecia literalmente, um desfile de pompa, cada um tentando passar a imagem mais máscula, de garanhão, enquanto as meninas posavam de boas-moças, recatadas e difíceis. Era um teatro mesmo, com papéis implícitos. Patético!

E lá dentro eu testemunhei a luta entre sexos, todo mundo tentando pegar mais que o amigo… Olhando aquilo, fiquei pensando: “E depois somos nós, gays, os promíscuos…”

Óbvio que essa “característica” não é exclusividade de héteros ou gays. Só acho errado classificar só estes últimos, e relevar hipócritamente aqueles.

Afinal… promiscuidade é do ser humano!

Ou melhor, de ALGUNS seres humanos…

Corpus christi bão demais!!!

Ouvindo “What a wonderful world – Louis Armstrong“(pq hj eu to feliz!)

Bom, eu sei que não é do feitio deste blog, mas hoje preciso desabafar a noite fantástica que eu tive! E depois eu acho um jeito de tirar alguma lição proveitosa disso tudo.

Estava eu na balada ontem. Depois de mais de mês na seca, eu já tava desiludido (apesar de estar com a auto-estima, misteriosamente, super alta!) de que encontraria alguém decente pra conhecer. Fui pra curtir mesmo a balada mesmo.

De repente, eu e alguns amigos conversando e chega um outro carinha (que eu já havia cumprimentado algumas vezes, mas nunca houve nada além de “oi e tchau”). O garoto, parcialmente bêbado (mas era PARCIALMENTE SOH!) diz pra um dos meus amigos (sem a menor intençao de esconder de mim) que era apaixonado por mim desde a primeira vez que tinha me visto.

Caras ao chão recolhidas. Sou burraldo, mas nem tanto. “Qui suis moi” pra acreditar em conversa de bêbado, neh? The point is: os vapores do álcool foram passando (pra ele), mas a conversa continuava a mesma, pra minha surpresa!

O cara tecia algumas considerações muito apropriadas ao momento… e o Einstein foi se deixando conquistar. Não é de ver que o garoto era legal mesmo?

Ele me convidou pra dormir com ele (passar a manhã, na verdade, porque neste ponto já estava amanhecendo na boate), mas eu não sou de fazer tais coisas na primeira noite (dizem que cu doce dá diabetes… serã???)

Mas ele disse que tava carente, não queria dormir sozinho e eu aceitei acompanhá-lo ate em casa.

Sim… dormimos juntos, mas foi exatamente isso: dormimos. Eu deixei claro que não queria fazer nada que fosse me fazer arrepender mais tarde, e ele respeitou isso de um jeito que me surpreendeu. Ele tentou acelerar a marcha, claro. Mas tentou naquela medida exata entre a lerdeza e a chatice. Não foi devagar demais, nem insistente demais. Enfim, foi perfeito. Meio termo de ouro (hauhaua, quem diria que as aulas de filosofia fariam sentido numa hora dessas, hein?).

Agora a parte da lição: o que me deixou de cara com esse garoto é que ele é diferente dos outros. Ainda que nós não tenhamos transado, dava pra ver o prazer que ele sentia de estar comigo. Não sei se você já sentiu isso, mas saber que a nossa simples presença é motivo de alegria é muito bom.

Outra coisa que eu notei é que ele se deixou entregar de verdade. Repetia, vez ou outra, que sempre fora apaixonado por mim e que estava adorando aquilo tudo. O estranho é que ele realmente demonstrava isso.

Você já reparou como é raro alguém de 20 se assumir apaixonado? Do jeito que está hoje em dia, até parece que é uma fraqueza demonstrar sentimentos por outra pessoa. E ouvir aquele cara falando aquilo pra mim foi um “revival” de esperanças no mundo.

Eu acho que falta mesmo é envolvimento entre os jovens. É tristemente normal ver como os jovens concordam em se tratar como objetos mutuamente.

E achar algo diferente disso é indescritível.

Foi por tão pouco…

Jukebox: “No fear – The Rasmus” 

Se a gente parasse pra pensar na quantidade de tempo que perdemos na vida por motivos absolutamente insignificantes, pensaríamos duas vezes antes de nascer.

Seja medo, vergonha, ou qualquer outro desses sentimentos, as experiências que eles nos privam não valem a pena serem desperdiçadas.

Por outro lado, se aproveitássemos todas as oportunidades que nos são oferecidas, já pensou quão rica seria nossa vida? Seríamos seres humanos melhores, lidaríamos melhor com a decepção e a frustração, e aproveitaríamos muito mais o sucesso.

Quer dizer, pense bem! Em boa parte das situações que nós evitamos, o pior que poderia acontecer seria ouvir uma recusa. Mas e ae? O que que uma recusa pode trazer de tão mal?

Acho que boa parte do “fracasso” do mundo atual (sim… fracasso, porque, em certos campos, é muito menos do que devia ser) se deve a justamente isso. Deixar passar os momentos certos de agir.

E a solução é muito simples: é só negar o primeiro impulso de fugir e encarar as situações que nos assustam… bem no estilo “face your fears”. Só assim a gente deixa de existir…

… e passa a viver!