… in misterious ways.
Embalo de terça à noite: “The Corrs & Bono Vox – When the stars go blue“
Essa frase do título do post é o final de um ditado inglês. O ditado completo é “God works in misterious ways” (tradução livre: Deus age de forma misteriosa), que equivale ao nosso “Deus escreve certo por linhas tortas”. Quando alguma coisa acontece “por coincidência”, não se iluda. O acaso tem muito pouco espaço na nossa vida. Quando nascemos, existe todo um planejamento por trás da nossa existência. Esses planos foram todos estudados, analisados, refeitos e moldados, com a nossa participação ativa, para que nossa evolução pudesse se dar da melhor forma possível. Apenas em alguns casos extremos a própria pessoa não participa da organização de sua vida, mas esses casos são uma exceção. Claro que sempre podemos (e geralmente acontece) arrumar outras provações para superar, provações essas não planejadas, mas ainda assim permitidas, pois contribuirão para o nosso avanço.
Abstratamente, essa teoria é muito bonita e simples. Complica um pouco na hora de vermos tamanha providência na prática. Essa complicação geralmente acontece por vermos as situações por um ponto de vista muito estreito. Um exemplo simples: hospital público. Nesses locais, é comum vermos muitas pessoas acomodadas nos corredores e em outros locais não adequados. À primeira vista, parece muito errado e inconcebível o motivo que levaria um médico a colocar alguém num corredor. Mas quando descobrimos que aquelas pessoas só estão ali porque as macas estão ocupadas por pacientes com enfermidades ainda mais graves e penosas, então a situação ganha um contorno diferente, não é? O que antes parecia injusto e “por acaso” já não é mais tão aleatório.
Tomemos, como exemplo mais complexo, o caso do menino João Hélio. Uma crueldade, não é mesmo? Como pode um Ser, que chamamos de Perfeito, permitir que tamanha maldade tenha espaço entre nós? Recentemente, descobri que o caso já tinha uma explicação. Claro que o espírito do garoto ainda não está em condições de se comunicar, mas a equipe espiritual responsável pelo caso permitiu que uma mensagem fosse psicografada, explicando que João Hélio sofrera uma morte tão violenta e aterradora por escolha própria, em expiação a erros cometidos há muito tempo. Disseram que, nos tempos de Roma Antiga, ele fora um empregado do Império investido de altas responsabilidades, e que causara, na época, muito sofrimento a todos que estavam sob seu comando, incluindo os espíritos que, atualmente, estavam encarnados como o bando que assaltou o carro da família e acabou matando o garoto.
Vendo dessa forma, não parece mais que foi tão injusta e fortuita a morte de João Hélio. E da mesma forma acontece com tudo que nos rodeia. Sempre que uma situação parecer muito aleatória e “por coincidência”, devemos nos lembrar que a vida não é um jogo, e que somos assistidos e amparados o tempo todo que estamos aqui.
“Deus não joga dados”, já nos disse Einstein.
Edição em 15/08: Vi em alguns sites que existem objeções a esta suposta carta enviada pelo garoto. Os pais não a aceitaram, a notícia é falsa e outras coisas. Whatever! O caso do menino foi só pra ilustrar o post. A idéia principal, e que ainda se mantém intacta, é de que nada ocorre por acaso, tudo tem um motivo, e que nosso ponto de vista é muito estreito pra avaliar adequadamente as situações que acontecem na nossa vida. Um dia a gente entende!
Edição em 27/11: Seguindo por aqui, a gente aprofunda um pouquinho mais no assunto. Good trip! 😉