Arquivo para dezembro \21\-03:00 2007

Alma gêmea

Curtindo KT Tunstall – Saving my face

Se tem uma teoria que eu coloco na categoria de “atrasantes da vida” é essa idéia de alma-gêmea. Tudo bem que existem pessoas que dão hiper certo com a gente, mas nem por isso elas são mais ou menos adequadas pra um relacionamento.

O erro da idéia começa quando a pessoa se coloca o rótulo de “metade”. Metade da laranja, tampa da panela, enfim, todos esses conceitos que passam uma idéia de incompletude. MAS VOCÊ NÃO É INCOMPLETO! Cada um tem tudo que precisa pra viver em si mesmo, e pensar algo em contrário só atrapalha a vida. Ouvi uma professora minha defendendo essa tese: “A gente não precisa buscar um complemento, porque a gente já é inteiro. O que é legal é buscar um suplemento.” E acho que é por aí mesmo.

Primeiro que se convencer de que falta uma parte em você não pode ser muito saudável psicologicamente… né? Segundo que se joga uma responsabilidade muito grande no outro. Alguém ter que completar alguém é uma tarefa meio difícil, senão impossível!

Relacionamentos funcionam pelo esforço dos dois que estão envolvidos, e não simplesmente porque um tem ou não tem alguma característica. Desse jeito, alma gêmea seria aquela pessoa com a qual você teria que se esforçar menos para conviver, ou seja, aquela que estimularia mais o seu comodismo. Tá errado, people!

Além disso, grandes chances de crescimento são jogadas fora simplesmente porque um dos dois julga que o outro não é sua alma-gêmea. Oras… quanto mais diferente, maiores as possibilidades de você sair com algo mais dessa relação., né?

E com tanta gente por aí, será que só uma é a perfeita, ideal?

Vamos abrir as cabecinhas pra vida fluir mais gostosa.

Osso duro de roer

Swinging to Madonna – What it feels like for a girl

OBA!!! A gatíssima do Lindo Sorriso me presenteou com o super hiper mega desejado prêmio BLOG DE ELITE! haha… olhe e deseje, queridos! hauhauahu

Agora eu conto pro criador do prêmio, o Putsgrilo, pra quem eu repasso o selo. The Oscar goes to:

1 – As sempre lindas, fofas e glamurosas Bia e Lily, de A vida não presta mesmo, que escrevem um dos blogs que eu mais leio e adoro de todos.

2 – As gatas pensantes do Palpite!ras de plantão, onde sempre tem algo interessante e informativo pra gnt aprender.

3 – Minha guerreira, sempre pronta pra exterminar qualquer carinha menos digno que aparece pelo caminho, Bibi, do Solteiras do Rio de Janeiro, com o supra-sumo do humor brasileiro.

4 – Queer closet, porque nem todo gay é de ferro, néam?

5 – E o toque masculino como cereja do bolo: Surfista Platinado, com as histórias mais hilárias que um ser humano por ter.

Claro que ficou muita gente BOA de fora… mas com mais prêmios, a gnt vai distribuindo mais louros, neh? hehe

Aproveitemos nossos selos!

Review – Harry Potter e a Ordem da Fênix

 Batendo cabelo com Jzabehl – It’s all about me

 

Harry Potter

É… o filminho do finde foi exatamente esse. Tudo bem, não parece muito ambicioso, mas, no fim das contas, valhe a pena.

Nunca fui fã ardoroso da série, apesar de admitir que esses lances de magia e fantasia sempre me fascinaram bastante (é… eu tenho um livro sobre gnomos até hoje, e ainda dou umas folheadas de vez em quando). E por esse motivo, não animei de ler os livros, mas vi os filmes com prazer.

E é com prazer que eu vejo a evolução deles. Quer dizer, é patente a forma como tudo na trama se desenvolveu desde o primeiro filme. Os personagens são mais profundos, o enredo é mais complexo e, principalmente, não é mais uma história infantil. Alguns inclusive ressaltam o caráter dramático do filme, em detrimento da simples ação. 

Claro que não é uma trama profunda como as obras de Almodóvar, mas traz temas interessantes. Amizade, liberdade, adolescência, conflitos, sentimentos. É um filme que toca todos esses assuntos. Não sei se esse mérito é da escritora ou do diretor, mas sei que a trama foi evoluindo e crescendo junto com o público que angariou em 1997, no lançamento do primeiro livro. Foi uma sacada interessante, porque eu nunca tinha visto nenhum escritor fazer uma série que acompanhasse a compreensão dos leitores, à medida em que eles se desenvolviam. Ou eram séries adultas ou infantis, não havia esse processo de desenvolvimento que J. K. Rowling se utilizou.

O que me intriga é que para o público que acompanha Harry desde a “Pedra Filosofal”, a complexidade de “A Ordem da Fênix” é bastante “digerível”. Afinal, eles esperavam um ano entre um livro e outro. Mas pra uma criança que começa a ler a saga hoje, e que pode ler a série toda em um ano, o quarto ou quinto livros podem ser bastante inapropriados. Então é bom haver uma certa supervisão.

Enfim, não é nada que vá mudar a vida de ninguém. A história é meio lenta, o filme faz muitas referências aos filmes anteriores e quem assiste precisa ter uma certo conhecimento sobre Harry Potter e o que ele já passou, mas os efeitos digitais enchem os olhos. Merece entrar na listinha de “filmes pra alugar”.

É um bom entretenimento.

O entojo

Pro tema desse post, nada melhor que Sorry, by Madonna

É… pra variar, aquela velha Senhora tá querendo dar pitaco onde não é chamada. Começando do princípio: ontem foi dia mundial de combate à AIDS. Estavam planejando várias ações pelo Brasil, e uma delas ia acontecer no Cristo Redentor. Enfim, a Igreja Católica bateu tanto o pé, que o evento aconteceu com algumas restrições. Não puderam ser distribuídas camisinhas, nem podia falar na palavra “prevenção”.

Perae: Igreja Católica = instituição religiosa. Combate à AIDS = segurança pública. Será que a primeira tem MESMO direito de intervir na segunda?

Eu entendo os motivos da Igreja (pelo menos, os motivos divulgados). Realmente, existir uma ferramenta com a qual se possa fazer sexo seguro, incentiva um pouco à pratica sexual desregrada. Só que ela esquece uma coisa: o problema começa antes. É o desvario sexual que exige a existência de uma proteção, e não é a proteção que gera o desvario sexual. Nos tempos em que a gente se encontra, esperar castidade dos jovens é o mesmo que reduzir os métodos anticoncepcionais à tabelinha. Né?

Mas aqui o erro não é da Igreja. Simplesmente por ser a Igreja Católica, já é esperado que ela seja antiquada, retrógrada e inconseqüente (vide Inquisição, Cruzadas e todos os outros “orgulhos” que ela nos deixou). Não se pode deixar a administração de uma casa ao completo julgamento de uma velha caduca! E é isso que o Governo está fazendo: se sujeitando às exigências de quem não tem um mínimo de reflexão crítica ou responsabilidade.

E a gente sabe que uma coisa dessas não pode acabar bem.

Senso de ridículo

Shaking up to Britney Spears – Get naked (I got a plan)

Eu estava assistindo o programa “Saia Justa” da GNT, e elas estavam discutindo sobre o nível de observação dos brasileiros. Eu não sei como funciona em outros países, mas eu sei que aqui no Brasil, realmente a gente repara… e MUITO!

Agora… se as pessoas já sabem que a gente repara, porquê não se prevenir? Quer dizer… é uma discussão complicada, porque, na real, não deveríamos nos preocupar com o que os outros pensam. Mas será que um mínimo de senso de ridículo não faria bem a algumas pessoas?

Por exemplo: não há mal algum em ser um pouquinho acima do peso. Longe de mim impor qualquer estereótipo de beleza a quem quer que seja. Mas, uma vez que você tem consciência de que não está com o corpo à altura de Jennifer Aniston, será que tem que andar de top e “saia cinto” na rua?

Jennifer

Fico “in shock” com a quantidade de gordinhas que saem de casa mostrando com orgulho seus quilos extras. Auto-estima é muito importante, mas quando fere olhos alheios já tá invadindo território proibido, né? Aquela coisa toda escapando por entre os vãos do tecido… OMG!

Vide Britney Spears. Será que ninguém contou pra ela que usar roupas É uma opção? Um erro no VMA, tudo bem. Mas fazer um clipe errando no mesmo ponto? Putz… completa falta de noção! “Querida! Quando você tiver o corpo de 4 anos atrás, a gente tira sua roupa com todo o prazer. Mas até lá, que tal usar uma blusinha? Tem umas tão bonitinhas! Se o corpo não voltar? Bem… não há mal algum em cantar ‘ad eternum’ vestida. Ok, bee?”

Britney Spears

Fica o apelo por um pouco menos de poluição visual.